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Cinzas de vulcão chileno provocam cancelamento de voos para Bariloche

A nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue-Caulle avançou ontem (5) para a Patagônia argentina, como as cidades da província de Chubut, Trelew e Puerto Madryn, na costa atlântica. As cidades argentinas estão a quase 900 quilômetros do complexo vulcânico e registram baixa visibilidade. Os moradores da cidade foram orientados a não sair de casa e o transporte público entre as duas cidades também foi interrompido. Também houve recomendação para que turistas deixassem a região.

A nuvem de cinzas continua afetando os voos de Buenos Aires para Bariloche. A companhia aérea Aerolíneas Argentinas, por exemplo, comunicou que o trecho ficará suspenso até o próximo domingo, dia 12 de junho. A região continua em estado de alerta. Após estender-se até San Carlos de Bariloche, a 90 quilômetros do local da erupção, as cinzas avançaram para as cidades da província de Chubut, Trelew e Puerto Madryn, na costa atlântica. Os moradores estão sendo orientados a permanecerem em suas casas e também houve recomendação para que turistas deixassem a região.

O vulcão Puyehue, que forma parte da cadeia Puyehue-Cordón Caulle, perto da fronteira com a Argentina, entrou em erupção anteontem (4) e grandes nuvens de fumaça foram vistas de longe. As cinzas chegaram até a cidade de San Carlos de Bariloche (Bariloche), a 90 quilômetros de distância, e Villa Angostura, a 45 quilômetros do epicentro do fenômeno. A nuvem escureceu essas cidades a partir das cinco horas da tarde do último sábado (4), segundo o o prefeito de Villa Angostura, Ricardo Alonso. “Podemos dizer que é uma situação de emergência, mas que estamos tomando todas as precauções necessárias. As aulas e os voos, por exemplo, foram suspensos até que tudo volte à normalidade”, afirmou.

As autoridades chilenas decretaram alerta vermelho, nível 6, na região do vulcão no Sul do Chile e de Bariloche. O subsecretário do Ministério do Interior do Chile, Rodrigo Ubilla, e o diretor nacional do Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol), Vicente Nunez, analisam a possibilidade de retirar os moradores da área. Também fizeram apelos para que os turistas deixassem o local. Na sexta-feira (3), cerca de 3,5 mil pessoas foram retiradas da região onde fica o vulcão. A erupção, de acordo com as autoridades chilenas, foi acompanhada por “dezenas de tremores de terra” por hora. O movimento causado pelos terremotos poderia ter tornado o vulcão mais ativo, de acordo com a imprensa chilena.

O ministro de Mineração do Chile, Laurence Golborne, disse que a fumaça de gases vulcânicos tem uma altura de dez quilômetros e uma largura de cinco quilômetros. A última erupção do vulcão Pueyhue ocorreu em 1960. Em 2008, outro vulcão chileno, Chaitén, também no Sul do país, entrou em erupção, derramando igualmente cinzas na própria localidade e nas vizinhas províncias argentinas da Patagônia.

A ministra do Desenvolvimento Social da Argentina, Alicia Kirchner, determinou o envio para a região de Bariloche de quatro sistemas de tratamento de água, dez caminhões com carregamentos de cobertores, colchões e itens necessários para essa emergência. O vice-ministro do Desenvolvimento Social da Argentina, Sergio Berni, disse que vai monitorar o fenômeno das cinzas.

Por determinação da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, o Ministério da Saúde do país irá distribuir 20 mil máscaras e colírios para quem está na região Sul do Chile, na fronteira argentina. De acordo com relatos, alguns moradores ficaram aterrorizados e usaram os supermercados e as estações como abrigos.


Foto: AFP PHOTO/CLAUDIO SANTANA
Nuvem de cinzas do vulcão Puyehue no sul do Chile, 870 km ao sul de Santiago, 5 de junho de 2011.


Foto: REUTERS/Ivan Alvarado
Raios durante a erupção do vulcão Puyehue. Chile, 5 de junho de 2011.


Foto: REUTERS/Ivan Alvarado
Raios durante a erupção do vulcão Puyehue. Chile, 5 de junho de 2011.


Foto: REUTERS/Ivan Alvarado
Helicóptero sobrevoa proxímo a nuvem de cinzas do vulcão Puyehue. Chile, 5 de junho de 2011.


Foto: REUTERS/Trilce Reyes
Mulher e seu filho usam máscaras de proteção em Bariloche. Cinzas do vulcão chileno Puyehue são levadas pelo vento ao país vizinho. Argentina, 4 de junho de 2011.

* Informações do Ministério do Interior do Chile, da agência pública de notícias da Argentina, a Telam, e a BBC Brasil.

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