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Turismo em alta rotação com o GP Brasil de Formula 1

Um GP para fãs de Brasil, de São Paulo, de velocidade, de engenharia, de pilotagem, de compras, de gastronomia… e de automobilismo

O 40º Grande Prêmio Petrobras do Brasil de Fórmula 1, no autódromo de Interlagos (SP), transforma São Paulo em um caldeirão de adrenalina. A megalópole que fervilha gente fará ferver as emoções de 100 mil visitantes, segundo cálculo da São Paulo Turismo (SPTuris).

O evento dá asas ao turismo, setor diretamente beneficiado pelo grande fluxo de pessoas interessadas em atividades de lazer, compras, gastronomia e passeios turísticos. Em 2010, a corrida gerou R$ 250 milhões para a economia paulistana apenas na semana do evento. Neste ano, a movimentação financeira originada pelo turismo deve chegar aos R$ 300 milhões, segundo a SPTuris. As expectativas são ainda melhores especialmente para dois segmentos fortemente impactados pelo evento: hotelaria e gastronomia.

São Paulo: paraíso de compras, gastronomia e turismo (Foto: Divulgação MTur)

A bandeira Accor, maior grupo hoteleiro da capital paulista, com oferta de 7.873 apartamentos, aposta no crescimento da taxa de ocupação média do fim de semana do evento. Enquanto em 2010 a ocupação média ficou em 83%, neste ano o índice deve saltar para 86,5%. Na comparação com o primeiro dia do evento do ano passado, o número de quartos ocupados deve saltar de 81% para 87% nos 33 hotéis do grupo em São Paulo (SP). A tarifa média também deve ficar 20% mais cara em relação a 2010.

O Figueira Rubaiyat, um dos restaurantes mais tradicionais de São Paulo, está instalado debaixo de uma centenária e frondosa árvore que dá nome ao local, no bairro Jardim Paulista. Para o empreendimento, o final de semana de Fórmula 1 é considerado um dos melhores do ano no quesito faturamento, só perdendo para as comemorações de Dia das Mães e Dia dos Namorados. A estimativa é que neste sábado e domingo o movimento no local cresça 30% por conta do evento. Quem for ao restaurante amanhã, por exemplo, poderá experimentar um buffet completo de feijoada, eleita a melhor de São Paulo por importantes concursos de gastronomia da capital.

Tradicional restaurante da cidade deve receber 30% mais visitantes no fim de semana do GP (Foto: Divulgação MTur)

O número de postos de emprego temporários também é turbinado desde o período preparatório do campeonato. Em 2010, pelo menos 15 mil pessoas foram contratadas para trabalhar no GP do Brasil. Em 2011, pelo quinto ano consecutivo, o produtor de eventos Stefen garantiu o seu lugar na produção do evento. Nesta sexta-feira, dia dos primeiros treinos livres e com tudo pronto para a largada oficial, o paulista, que teve dificuldade em falar ao telefone por conta do ronco dos motores, avaliou que a experiência de trabalhar em um evento internacional mostra um Brasil “super organizado, de onde as pessoas saem com uma imagem bastante positiva”.

Segundo o Ministério do Turismo, São Paulo (SP) é o destino mais procurado no Brasil para turismo de eventos, feiras, negócios e convenções. A cidade recebe mais de 90 mil eventos por ano e 75% das maiores feiras do país. Para o diretor de Estudos e Pesquisas do MTur, José Francisco Salles Lopes, o turismo de eventos se destaca no Brasil porque promove “intensa divulgação do país para grandes empresas e marcas, cuja presença é importante para chancelar o Brasil como um país preparado para os megaeventos esportivos, por exemplo“.

O viajante estrangeiro que chega ao país para participar de eventos, segundo Salles Lopes, “é um turista qualificado, com gasto médio bastante alto: superior a R$ 3 mil, excluindo o preço da passagem“. O gasto médio do turista brasileiro de eventos também está acima da média: ele gasta mais de R$ 2 mil, sem considerar o preço das passagens.

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